Não satisfeito em, como afirma o senador Alvaro Dias, “colocar a mão grande no bolso do contribuinte”, o governo Dilma agora também está levando o país a gerar menos empregos com carteira assinada, ao mesmo tempo em que ameaça direitos trabalhistas e previdenciários com suas medidas de ajuste fiscal. Em 2014, de acordo com números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego, foram criados apenas 397 mil empregos, o pior resultado desde 2002. E neste ano, a geração de vagas continua em queda. Segundo a Taxa de Desemprego Antecipada (TDA), divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pela Catho, o nível do desemprego nas seis principais regiões metropolitanas deve continuar avançando e atingir 6,2% da população economicamente ativa.
De acordo com o estudo, se o número calculado para o desemprego no terceiro mês deste ano for atingido, será 1,2% superior ao registrado em igual período de 2014, quando foi de 5,00%, e ainda ficará acima do observado em fevereiro de 2015 (5,9%). Também, segundo as entidades, será a quinta vez consecutiva na qual a taxa de desemprego ficará acima ou igual à registrada no mesmo mês do ano anterior, indicando que o mercado de trabalho se encontra em processo de arrefecimento. “Caso os números se confirmem, teremos em março de 2015 o maior aumento da taxa de desemprego nessa base de comparação (interanual) desde julho de 2006, ou seja, maior até do que durante a época da crise internacional de 2008/2009”, avalia nota das entidades responsáveis pelo estudo.
E como se não bastasse o mau momento da economia brasileira, direitos trabalhistas e previdenciários estão na mira dos ajustes do governo do PT. As medidas assinadas pela presidente Dilma preveem cortes no seguro-desemprego, no auxílio-doença, no abono salarial e no pagamento de pensões por morte. E não para por aí: o governo Dilma afirma que modelo atual de seguro-desemprego está “completamente ultrapassado”, e está promovendo mudanças que devem dificultar aos trabalhadores que recebam o benefício. Além dessas, outras regras do chamado “ajuste” prometem penalizar ainda mais os trabalhadores. E com a recessão despontando no horizonte, não será surpresa para ninguém se o número de empregos continuar encolhendo ainda mais até o final do ano.