O presidente do Senado, Renan Calheiros, informou nesta quinta-feira (02) que discutirá com líderes partidários, na próxima semana, a definição de uma data para a leitura de requerimento de criação da CPI do BNDES. O requerimento, que conta com 27 assinaturas, pede investigação de irregularidades nos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para entidades privadas e a governos estrangeiros a partir de 2007. O senador Alvaro Dias, que assinou o requerimento, já fez diversos apelos ao presidente do Senado, para que instale esta CPI.

“A caixa preta do BNDES ainda não foi quebrada. Espera-se a instalação de uma CPI no Senado Federal para que se abra essa caixa preta e se revele ao País os danos causados pelo desvio de finalidade da aplicação de recursos públicos, notadamente recursos oriundos dos trabalhadores, do esforço dos trabalhadores brasileiros: a poupança, o FAT, o FGTS”, disse o senador.

Para Alvaro Dias, o governo Dilma, ao apropriar-se de recursos do trabalhador para financiar os empréstimos do BNDES, comete um crime de apropriação indébita.

“O governo Dilma apropria-se dos recursos que pertencem aos trabalhadores, transfere esses recursos para beneficiar grupos econômicos no País e outros países, com os quais se identifica ideologicamente ou se aproxima ideologicamente, recursos que são subsidiados com esforço, com o suor, com o trabalho dos brasileiros. E o que é pior: faz isso com taxas de juros irrisórias de 2,5%, de 2.6%. E essa remuneração, que é oferecida pelo governo ao trabalhador brasileiro, implica uma apropriação indébita, recursos que pertencem aos trabalhadores utilizados indevidamente pelo governo para atender privilegiados. Não é justo que o dinheiro, que é do trabalhador, seja remunerado a 2,5%, 3%, enquanto o brasileiro que vai ao banco para tomar um empréstimo é obrigado a pagar as elevadas taxas de juros vigentes no País, das maiores de todo o universo”, criticou o senador Alvaro Dias.