Parlamentares, autoridades, familiares, dirigentes e militantes do PSB participaram, nesta quinta-feira (13), da sessão solene realizada pelo Senado Federal em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto de 2014. Em seu pronunciamento na sessão, o senador Alvaro Dias destacou o legado deixado por Eduardo Campos na política brasileira, e afirmou que sua morte prematura levou do Brasil uma figura detentora de todas as credenciais para contribuir com as mudanças que o País e sua sociedade tanto esperam.

“Eduardo Campos clamava pelo resgate do bom debate, da utopia, da leveza e o respeito da sociedade. Seu chamamento emblemático deve ser amplificado: não podemos desistir do Brasil. Eduardo Campos deixou uma lacuna abissal na esfera pública, desfalcando o time de políticos de ascendente trajetória política, liderança incontestável. O seu legado de esperança é um patrimônio valioso e que não pode se dissipar em meio à crise política e de valores que vivenciamos. Precisamos defender arduamente essa herança”, afirmou o senador Alvaro Dias.

Na homenagem que fez a Eduardo Campos, o senador Alvaro Dias lembrou que, na sua gestão como governador do Estado de Pernambuco, obteve aprovação recorde de mais de 90%, atuando, como ele mesmo dizia, “com pouco e aprendendo a fazer mais com menos”. O senador afirmou que Campos, nos dois mandatos à frente do governo pernambucano, elegeu seu foco naqueles que mais precisam, e teve sua administração reconhecida como uma das mais eficazes do País, tendo sido premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Alvaro Dias também salientou a importância que Eduardo Campos teve para o fortalecimento da política partidária brasileira, por intermédio de sua atuação como presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). “É inegável que com base na sua legenda partidária, o PSB, um partido político estruturado e que se apresenta como uma alternativa legítima no mosaico da democracia brasileira, Campos enxergou com nitidez a necessidade de construir um novo tempo, livre das amarras de um modelo abjeto de administração pública que impera no Brasil”, disse.

Após se solidarizar com a dor e o sentimento de perda dos familiares de Eduardo Campos, como sua viúva Renata, e os filhos Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, o senador Alvaro Dias encerrou pronunciamento afirmando que Eduardo Campos representava a esperança de dias melhores para uma população que trabalha arduamente e que não merece o que está recebendo em troca dos impostos que paga, assim como não merece ver o comando de seu País entregue a um governo corrupto e ineficiente.

“Infelizmente, no Brasil, corrupção e ineficiência tornaram-se a marca do governo federal na ultima década. O custo cívico e financeiro para as gerações atuais e futuras desse desmando, dessa institucionalização do balcão de negócios, é incomensurável, gigantesco, colossal. A população brasileira que trabalha arduamente não merecia o que está recebendo em troca dos impostos que pagam. Muito menos expor seus filhos a exemplos tão repugnantes patrocinados por homens e mulheres maduros que deveriam se envergonhar com as notícias que leem sobre suas próprias práticas. Mas não podemos desistir do Brasil. Eduardo Campos lançou sua crença, sua fé, sem esquecer o resgate da utopia e da leveza. A relação público/privado em bases de compadrio não pode e não deve mais florescer no Brasil. Eduardo, você faz muita falta ao nosso País”, concluiu o senador Alvaro Dias.