O senador Alvaro Dias manifestou sua discordância com a decisão da Mesa Diretora, anunciada nesta quinta-feira (07), de exigir que a CPI do Futebol realize nova votação de convocação de autoridades para que prestem esclarecimentos no Congresso. A CPI, presidida pelo senador Romário (PSB-RJ), realizou sessão nesta quarta-feira, quando foram aprovadas as convocações do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero; de seu filho, Marco Polo Del Nero Filho; de Wagner José Abrahão, empresário do ramo do turismo que fez contratos para a realização de partidas da seleção brasileira e de campeonatos organizados pela CBF e FIFA; de Gustavo Dantas Feijó, vice-presidente da CBF para a Região Nordeste; e de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.
Devido a uma reclamação em Plenário do senador Ciro Nogueira (PP-PI), de que a votação teria sido realizada sem o devido quórum, a Mesa Diretora do Senado impôs à CPI do Futebol que realize nova sessão para votação dos requerimentos. Para Alvaro Dias, que fez um apelo ao presidente do Senado para que reconsiderasse a decisão, é preciso cuidado para não esvaziar o trabalho das comissões parlamentares de inquérito.
“A deliberação da CPI atendeu a todos os pressupostos regimentais que são da prática do Senado Federal. Isso ocorre todos os dias em todas as comissões da Casa, até em função do excesso de trabalho, do número elevado de comissões que exige a participação de senadores em várias comissões ao mesmo tempo e numa CPI, que é um instrumento fundamental e deveria ser considerado um instrumento prioritário nesta Casa. Aqueles que não compareceram estavam aceitando deliberação da maioria, uma vez que subscreveram a lista de presença, portanto, subscreveram eventuais decisões adotadas na forma de consenso”, defendeu o senador Alvaro Dias.