O senador Alvaro Dias defendeu, esta terça-feira (23/11), o pagamento do Auxílio Brasil, porém por meio de uma proposta alternativa, elaborada pelo Podemos juntamente com economistas, que oferece fontes de recursos que viabilizam o benefício sem furar o teto de gastos ou dar calote no povo brasileiro.

“Viemos com a preocupação, que deve ser de todo o país, de preservar uma política fiscal responsável, que permita a arrumação das contas públicas, e não a desarrumação por meio de uma emenda constitucional que desorganiza de forma perversa as contas com o furo do teto de gastos, além de promover um calote subtraindo direitos adquiridos”, ressaltou Alvaro Dias, líder do Podemos.

Para o senador, a proposta que vem ao Senado “dá com uma mão e tira com a outra, na medida em que de um lado assegura o Auxílio Brasil, enquanto do outro promove consequências desastrosas. “Não funciona a política do devo não nego, pago quando puder”, criticou.

Alvaro Dias destacou ainda que a desarrumação das contas públicas “promove o aumento do endividamento do país, e a dívida pública que já cresce de forma avassaladora será incontida, provocando alta de taxas de juros, inflação, recessão e mais desemprego”. “Somos favoráveis ao Auxílio Brasil sim, permanente. Mas somos contrários a furar o teto de gastos e dar calote nos brasileiros”, cravou.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) alternativa, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães, foi elaborada pelo Podemos em colaboração com uma equipe de técnicos e economistas, incluindo o Instituto Fiscal Independente (IFI). A proposta utiliza, por exemplo, recursos que eram destinados pelo governo para pagar “emendas de relator”, conhecidas como “orçamento secreto”.

O ex-juiz Sergio Moro, que também participou da coletiva de imprensa que aconteceu no Senado, defendeu a proposta do Podemos. “A grande questão que se coloca hoje é se responsabilidade social é incompatível com responsabilidade fiscal. E a resposta que a bancada do Podemos no Senado tem a apresentar é que as duas caminham juntas”, enfatizou o pré-candidato a presidente da República.

“O Podemos no Senado é absolutamente favorável ao combate à pobreza. Este é um dos objetivos fundamentais, inclusive escritos na nossa Constituição da República. E não há como não ter compaixão com os brasileiros e brasileiras que infelizmente passam fome decorrente do desemprego e de uma política econômica equivocada”, acrescentou.

1 COMENTÁRIO

  1. Toda esmola governamental é interesseira, e todo apoio dado a este tipo de esmola não é apoio solidário. É um apoio medroso, por medo de ficar mal na fita com os miseráveis que podem não ter o que comer, mas têm titulo de eleitor. As pessoas estão sendo treinadas a aceitar a miséria, e estão também se tornando preguiçosas, sem oficio, desanimadas, mantidas pelo pouco que recebem para “sobreviverem”. A maior parte do espaço geográfico brasileiro continua desocupado, sem hortas, sem leguminosas, sem galinhas, cabras e gado, porque a DESGRAÇA do governo brasileiro não doa uma braça de terra para o povo sobreviver com trabalho e suor derramado do rosto, mas permitiu o crescimento das cidades de forma desordenada, sem água, sem esgoto, sem pavimentação, porque o pobre tem que invadir a cidade para conseguir morar perto da indústria, do comércio, da linha do trem, da praia ( pra vender o picolé, a cerveja e água de coco)…a terra que Caminha descreveu como uma terra onde tudo que se planta dá continua sem dar sobrevivência ao povo brasileiro. Porque a terra não dá só alimentos e minérios. Ela também dá liberdade ao homem. E político para ter coragem de ser requisitado por um povo livre é o que menos temos no Brasil.
    Eu vou acreditar muito mais em um governo que dê terras, invista no sistema agrário de mandalas e confie que pode ser lider de um povo livre. Um governo que dá esmolas quer somente receber votos para ter poder , riquezas e fama de bonzinho.

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