Como governador do Paraná, entre 1987 e 1991, Alvaro Dias investiu pesado em energia por meio da realização de grandes obras e da ampliação da rede elétrica, que bateu recordes, o que contribuiu para o crescimento do estado e para a melhora na qualidade de vida da população.
No período, a Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) ligou 252 mil residências, 27 mil estabelecimentos comerciais quase 80 mil propriedades rurais e 5.649 novas indústrias, de um total de 1.899.750 unidades consumidoras atendidas diretamente.
Para levar a eletricidade às famílias de baixa renda na periferia das cidades, a Copel realizou 70 mil novas ligações em quatro anos, através do Clic Urbano, beneficiando 400 mil paranaenses. A energia chegou até os grandes centros consumidores por meio de mais 940 quilômetros de linhas transmissoras.
Ao todo, 67 mil novas subestações foram construídas e 357 outras tiveram a sua potência ampliada. Em 1991, quatro subestações estavam em construção. Entre elas, a de Jaguariaíva – para atender às indústrias de papel da região; e a de Guaíra – para reforçar significativamente o atendimento em todo o Oeste do Paraná.
A gestão de Alvaro Dias também realizou obras importantíssimas para o setor elétrico. A Usina de Segredo, símbolo da obra maior da moralidade pública, levou o governo a lutar sem tréguas contra empreiteiros inescrupulosos, em defesa do direito de pagar preço justo pela sua construção. Com esta atitude, cerca de 100 milhões de dólares foram economizados para os cofres públicos.
“Este é um monumento em homenagem à honestidade. O Brasil, quando licitar obras do gênero, deve olhar para a Usina de Segredo. Porque é a demonstração de que é possível realizar obras públicas pelo preço da honestidade”, afirmou Alvaro Dias. A usina gera cerca de 10,5 bilhões de kw/h ao ano.
Outra obra fundamental para o estado no governo Alvaro Dias foi a Usina de Xisto. Localizada em São Mateus do Sul, ela foi Inicialmente considerada “inviável economicamente” pela Petrobras, o que resultaria na suspensão e arquivamento do projeto. Então governador do estado, Alvaro Dias não se contentou com a decisão da estatal. Recorreu ao presidente da República, José Sarney, e mostrou a viabilidade do projeto, que foi retomado, e a usina tornou-se uma realidade.
No fim do ano passado, a Petrobras fechou um acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relacionado à cobrança de royalties sobre a operação da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul – onde fica uma das maiores reservas mundiais de xisto, que pode ser convertido em óleo e gás.
O acordo prevê o pagamento de R$ 600 milhões, dos quais 70% serão destinados ao Estado e 30%, ao município. A proposta inclui ainda a celebração de um contrato de concessão, com alíquota de royalties de 5% sobre a produção. Mais do que uma vitória política, a continuação do Projeto Xisto, idealizado pela gestão Alvaro Dias, foi uma importante vitória econômica para o país.