O Congresso Nacional realiza nesta terça-feira mais uma sessão de análise de vetos presidenciais, e na pauta de votação, estão vetos de Dilma ao projeto que trata da concessão de privilégios a credores por restituição de prêmio de seguro; do direito à indenização aos auditores da Receita e policiais federais e rodoviários federais que trabalham em região de fronteira; da criação e transformação de cargos na administração federal; e da ampliação do rol dos beneficiários de incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria química. Para o senador Alvaro Dias, a apreciação mensal de vetos representa um avanço e o respeito à Constituição, mas há que se lamentar o domínio do Executivo sobre o Legislativo com sua ampla maioria, que garante a manutenção dos vetos, mesmo em matérias polêmicas. “Estamos cumprindo a exigência constitucional, e isto já é um avanço. Mas com sua esmagadora maioria, o governo faz prevalecer sempre os vetos de Dilma. E os mantém mesmo com os parlamentares oportunistas, que se utilizam da votação dos vetos para barganhar, obter vantagens na liberação de emendas parlamentares. Em momentos assim, como no mês passado, o governo joga pesado, como na votação do veto ao projeto que extinguia a multa do FGTS, quando houve liberação recordes de emendas, o que é muito ruim para a imagem do parlamento”, disse o senador.