No dia em que milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo de Nicolás Maduro, em manifestações que marcaram um mês de protestos na Venezuela, mais três pessoas foram mortas nas mobilizações, elevando a 26 o total de mortes ocorridas desde 12 de fevereiro. De acordo com informações do jornal venezuelano El Universal, três homens foram baleados no Estado de Carabobo, próximo aos protestos que ocorriam na cidade. Segundo relatou o jornal, o estudante de Engenharia da Universidade Carabobo Jesús Enrique Acosta, de 23 anos, tentou se esconder de grupos armados chavistas que utilizam motocicletas (conhecidos como “colectivos bolivarianos”) quando foi atingido por um tiro na cabeça. Outra vítima, Guillermo Sánchez, de 42 anos, foi atingido por um disparo quando pintava um muro na frente da sua casa. A terceira morte, ainda de acordo com o El Universal, foi a de um militar, o capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) Ernesto Bravo Bracho, que também foi baleado. Em Caracas, manifestantes e integrantes das forças de segurança voltaram a se enfrentar, em manifestações de partidários do governo e opositores na capital venezuelana. Mais de 1,3 mil pessoas foram presas desde que começaram as manifestações, em fevereiro, e 92 ainda estão atrás das grades, de acordo com o governo. Os detidos incluem 14 agentes de segurança. Mais de 300 pessoas ficaram feridas nos distúrbios contra Maduro.