O governo do Brasil vai precisar identificar reformas prioritárias para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. Essa é um das conclusões do estudo “Mercados emergentes em transição: perspectivas de crescimento e desafios” comandado por economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil, de acordo com o estudo, tem que dar mais peso ao investimento. “Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento mais sustentáveis, e as reformas são necessárias no Brasil para reorientar os catalisadores do crescimento econômico”, ressaltam os técnicos do Fundo.

O estudo destaca ainda que, depois de serem estrelas de crescimento econômico, os emergentes estão amargando taxas decepcionantes, não só abaixo dos níveis pós-crise financeira mundial, mas também piores que os patamares na década pré-crise. O Brasil é citado como exemplo, com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) reduzida em 2,75 pontos porcentuais desde 2010/2011, para “meros” 2,3%.

Nesse cenário, uma das recomendações do estudo é que os emergentes reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico. “Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais”, destaca o documento.