Como os bancos privados ainda não definiram quanto nem em que condições irão emprestar ao governo – já que não concordaram com as garantias oferecidas no negócio – vai sobrar para os bancos públicos socorrer o setor elétrico. Além do BNDES, que deve entrar com até R$ 3,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal garantiu uma participação de até R$ 2,5 bilhões. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Este será o segundo empréstimo feito para tapar o buraco das distribuidoras. Em abril, foram disponibilizados R$ 11,2 bilhões, mas que acabaram no último mês. A Aneel adiou o pagamento que seria feito esse mês às distribuidoras de energia. Como as distribuidoras estão entregando aos consumidores mais energia do que possuem disponível em seus contratos com geradores, elas recorrem ao mercado para garantir a diferença.
Vai sobrar para o consumidor
Segundo a Aneel, os empréstimos bancários disponibilizados ao setor, que até agora somam R$ 17,7 bilhões, vão representar um impacto a mais de oito pontos percentuais, durante dois anos, no cálculo do reajuste da conta de luz a partir de 2015. Especialistas calculam que as tarifas devem ficar entre 25% e 30% mais caras.