O senador Alvaro Dias (PSDB/PR) apresentou em plenário, nesta quarta-feira (10/12), Voto de Pesar pelo falecimento do Pastor Carlos Osvaldo Pinto, ocorrido dia 15 de outubro em Atibaia, São Paulo.

“Da sua vasta biografia, destacamos algumas passagens relevantes: Bacharel em Teologia, Mestre e Doutor em Teologia e Professor de Línguas Originais e Teologia. Foi reitor e chanceler do Seminário Bíblico Palavra da Vida e coordenador do Mestrado em Teologia e Exposição Bíblica daquela casa. É autor de diversos livros de teologia e línguas originais. O Pastor Carlos Oswaldo, pessoa extremamente honrada, deixou uma lacuna irreparável”, diz o texto.
No plenário, Alvaro Dias reproduziu uma homenagem ao Pastor Carlos Osvaldo Pinto – o testemunho do Pastor Davi Cox(segue a íntegra):

Carlos Osvaldo

“Fora do prédio principal do Seminário Bíblico Palavra da Vida, no lado oeste, existe uma árvore que se destaca por ser grande e alta – mais alta das outras árvores ao seu redor. Numa certa época do ano, suas folhas ficam vermelhas, brilhando no sol – algo lindo e marcante em nosso campus.
Certo ano, Carlos colecionou sementes dessa árvore, falou para todos nós que o nome dela era Mulungu, e então entregou uma das sementes para cada aluno e equipante. Explicou que representava aquilo que havíamos recebido no Seminário e nos desafiou a levar esta mensagem lá fora e plantar, semeando e multiplicando o recado da Bíblia.
Semelhante a essa árvore, o próprio Carlos se destacou em nosso campus. Para nós, ele, junto com Artemis, foi grande, alto, e brilhava no sol de Cristo. Estou me lembrando de muitas “sementes” que ele compartilhou conosco e com muitos outros através dos anos. Quando ele ainda era aluno no então IBPV, e nossos filhos eram pequenos, ele dava aulas para eles em Inglês.
Enquanto aluno, escreveu músicas que ainda cantamos hoje. Ele se destacou como estudioso das línguas originais da Bíblia, muito cedo na sua carreira tendo que substituir o professor de Hebraico quando este ficou doente. Na sua lua de mel, como também em muitas outras ocasiões, Carlos tomou conta da cozinha, demonstrando a sua capacidade de chef. Fez o mestrado e o doutorado e se envolveu na tradução de duas versões da Bíblia. Foi o segundo Reitor do Seminário, levando o ensino no SBPV, durante 16 anos, para um patamar de excelência.Ao mesmo tempo em que Carlos brilhava na sala de aula, ele não negligenciou o investimento na vida e ministério dos alunos no seu “grupão”.
A boa mão do seu Deus estava sobre ele, porque ele estudou, viveu e ministrou a Palavra de Deus. Cada domingo da Páscoa, cedo de manhã, na Estância Palavra da
Vida, Carlos fazia o papel do jardineiro, dramatizando os acontecimentos ao redor do túmulo vazio, impactando os hóspedes com a mensagem da ressureição.
Teve uma memória fora do comum. Quando olhava para fotos de turmas de muitos anos atrás, Carlos conseguia lembrar as datas de cada turma e o nome de cada aluno.
Em 1995, Carlos escreveu, de maneira muito interessante, o livro sobre 30 anos da história do SBPV. Eu contava com ele para escrever o livro de 50 anos. Alguém terá que tomar o seu lugar.
Para mim foi impressionante a atenção que Carlos dava para crianças pequenas, lembrando seus nomes e dando carinho. Quando no hospital, foi marcante a atenção que Carlos deu para as enfermeiras e os médicos, compartilhando com eles o amor de Jesus – Aquele que veio a este mundo para dar a sua vida na cruz, pagando o preço do pecado de todos, para que qualquer um pudesse receber a verdadeira vida e se tornar filho de Deus. Duas semanas atrás, um dos nossos netos, estudando no Instituto Bíblico da Palavra da Vida lá na Hungria, foi aluno da última turma para qual Carlos lecionou. Dou graças a Deus por uma árvore chamada Carlos Osvaldo, árvore grande, alta, que brilhava no sol e que compartilhou sementes comigo, com minha família, com alunos, com colegas e com muitos outros espalhados pelo mundo”.
Davi Cox