A jornalista Monica Bergamo, na sua coluna na “Folha de S.Paulo” desta quarta-feira (25), afirma que o acordo de delação premiada que está sendo costurado entre empreiteiros e executivos presos na Operação Lava Jato e o Ministério Público inclui outra frente de irregularidades: o setor elétrico. Segundo afirma Monica, executivos e empreiteiros resistiam em fazer revelações sobre irregularidades da área, mas, depois de três meses de prisão, “tudo o que eles querem é colocar um ponto final na situação em que se encontram”, segundo um dos advogados do caso. Na sua coluna, a jornalista afirma que as negociações, que se intensificaram nesta semana, no entanto, seguem tensas. “A possibilidade de entendimento nos termos exigidos pelos procuradores já preocupa o governo”, afirma Monica Bergamo.
Recentemente, o senador Alvaro Dias afirmou que o Congresso Nacional precisa iniciar investigações, e se possível instalar uma comissão parlamentar de inquérito, para apurar irregularidades e denúncias de corrupção no setor elétrico. Para o senador, com a instalação, no Congresso ou no Senado, de uma CPI do setor elétrico, poderiam ser produzidas informações que permitiriam a adoção de providências para evitar prejuízos maiores no futuro. “Se não instalarmos esta CPI, daqui a algum tempo, quem sabe, poderemos estar diante de mais um monumental escândalo de corrupção em razão da omissão, em razão da leniência e da cumplicidade. Já há indícios de desvios também no setor elétrico, e nós só teremos condições de elucidar essas dúvidas se iniciarmos procedimentos para uma investigação competente”, afirmou o senador Alvaro Dias.
