“A Presidente da República tem a desfaçatez de afirmar que o seu governo não está envolvido em corrupção. Imagine se estivesse!”. A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira (22), no Plenário, pelo senador Alvaro Dias, que em discurso na Tribuna, falou sobre a crise política e econômica que se aprofunda no País, e do rombo nas contas públicas gerado pelo governo atual, que já chega na casa dos R$ 70 bilhões. Para o senador, ao contrário do que afirma a presidente Dilma, a corrupção contaminou a administração pública brasileira, causando angústia, desesperança e espanto na população brasileira.

“Há um sentimento popular de angústia, de desesperança e de espanto diante de uma crise que se aprofunda de forma inusitada no País, diante da impotência dos que nos governam. Basta dizer que o rombo fiscal chega ou passa de R$ 70 bilhões. A corrupção endêmica contaminou a administração pública, roubando a sua credibilidade e matando esperanças de milhões de brasileiros. E a presidente ainda afirmar que seu governo não está envolvido com corrupção é um acinte, é um escárnio, é subestimar a inteligência dos brasileiros que são vítimas dessa corrupção que mata os seus sonhos”, afirmou o senador.

No Plenário, o senador Alvaro Dias lembrou que nesses últimos 13 anos de governos do PT, a oposição, mesmo com limitações numéricas, apresentou diversas denúncias e críticas diante de desvios monumentais que ocorriam no governo, além de ações cobrando investigações.

“Que não se diga que não houve alerta, que não se diga que não houve denúncia, que não se tenha pedido providências em relação à corrupção que se instalava, desde o início da gestão do Presidente Lula. Foram inúmeras CPIs instaladas, inúmeros requerimentos de informação, solicitação de auditorias, representações protocoladas junto ao Procurador-Geral da República, com denúncias gravíssimas”, afirmou o senador, que destacou também o papel importante cumprido pelo jornalismo investigativo: “a imprensa jornalismo investigativo, nunca deixou de cumprir o seu papel, estampando, nas revistas e final de semana ou nos jornais, diariamente, escândalos de corrupção que se sucediam. E nós afirmávamos sempre aqui que o escândalo de hoje faz esquecer o de ontem e espera o de amanhã para ser esquecido. E foi interminável esse roteiro de escândalos nos últimos anos”, concluiu o senador.