No discurso que fez em plenário, nesta quinta-feira (20/4), o senador Alvaro Dias cobrou do ministério da Educação providências em relação à da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), sediada em Foz do Iguaçu, no Paraná. “A universidade foi criada em 2010, no momento em que o governo do Presidente Lula procurava idealizar ‘puxadinhos’ no setor universitário do País para engordar as estatísticas do ensino superior. Mas a universidade se distancia enormemente do desejo de uma nova universidade federal para o Paraná, reivindicação legítima dos paranaenses”, disse.

Segundo o senador, desde sua criação, a UNILA está envolta em suspeitas de direcionamento do seu conteúdo acadêmico a teses e conteúdos esdrúxulos. A universidade oferece disciplinas estranhas, atípicas às grades curriculares de qualquer outra universidade como, por exemplo, a disciplina ‘descolonização epistêmica’. “A busca da vertente multicultural pela UNILA é seletiva, revela ostensivamente o viés bolivariano da instituição de ensino. São inúmeros convênios de colaboração acadêmica firmados com a Venezuela e Equador, intercâmbio de professores e pesquisas, além de atividades conjuntas com a Unasur — União das Nações Sul-Americanas. Professores cubanos, professores venezuelanos, enfim, uma universidade estranha aos interesses do povo brasileiro”, destacou.

Alvaro Dias solicitou, no fim do ano passado, dados do ministério da Educação sobre a UNILA. Um deles mostra que dos 2.722 alunos ativos em cursos de graduação, um terço, ou seja, 982 são estrangeiros. “No início, houve a garantia de que países estrangeiros ajudariam a custear essa universidade, mas até hoje não há um centavo estrangeiro investido nessa instituição. A doutrinação ideológica não pode ser bancada pelos contribuintes brasileiros. A Itaipu Binacional foi a doadora do terreno e do projeto executivo do prédio para abrigar a universidade. E é mais um elefante branco a ser fotografado. A obra está paralisada há muitos meses, o que obrigou a universidade a alugar prédios particulares. É preciso verificar o que houve lá. Superfaturamento, com certeza, o que determinou a paralisação das obras! É preciso que o ministro da Educação e o presidente da República tomem providências. Precisamos esclarecer por que a obra está paralisada e por que a universidade virou um aparelho ideológico”, ponderou o senador.