O senador Alvaro Dias protocolou, esta segunda-feira (23/08), requerimento para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize auditoria com objetivo de apurar a alocação dos recursos federais transferidos ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), no período de 2015 a 2021.

Nos últimos seis anos e meio, o comitê recebeu cerca de R$ 444 milhões decorrentes de repasses de prêmios de concursos de loterias federais, com objetivo de formar atletas olímpicos e paralímpicos. Os recursos foram garantidos por meio de proposta de Alvaro Dias, aprovada em 2011, quando o senador foi relator de alterações na Lei Pelé.

O texto da nova lei, com a inclusão de emenda do senador Alvaro Dias, possibilitou a destinação de recursos para a manutenção e ampliação do trabalho desenvolvido por cerca de 1.386 associações esportivas, filiadas à Confederação Brasileira de Clubes, que passaram a receber repasses por intermédio das loterias esportivas.

De 2011 em diante a então Confederação Brasileira de Clubes (que posteriormente passou a se chamar Comitê Brasileiro de Clubes) passou a receber os recursos das loterias para ajudar os clubes esportivos a fomentar e estimular a prática de esportes, com foco principalmente na formação de atletas olímpicos e paraolímpicos.

Dos R$ 444 milhões repassados nos últimos seis anos e meio ao Comitê Brasileiro de Clubes, R$ 37.102.000 foram transferidos este ano (até agora); R$ 82.763.000 em 2020; R$ 79.652.000 em 2019; R$ 55.782.000 em 2018; R$ 62.510.000 em 2017; R$ 58.462.000 em 2016; e R$ 67.990.000 em 2015.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 contaram com a participação de 303 atletas brasileiros, em 33 modalidades esportivas. O CBC fez um levantamento de todos os convocados e identificou que 88% deles, o que corresponde a 268 atletas, são oriundos dos Clubes formadores, mostrando a importância do segmento clubístico para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento brasileiro e para as conquistas do País.