O senador Alvaro Dias afirmou nesta terça-feira (15/02) que é preocupante a situação dos caminhoneiros brasileiros retidos na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, nas cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad Del Leste. Por conta da operação-padrão dos auditores da Receita Federal e do Ministério da Agricultura, se formou uma fila com cerca de 3.800 caminhões parados devido à demora na liberação de cargas. Em suas redes sociais, Alvaro Dias publicou vídeo enviado pelos caminhoneiros, que promoveram um “buzinaço” com objetivo de mostrar para quem trafega pela fronteira que existe uma fila de caminhões esperando liberação para seguir viagem.

“Caminhoneiros retidos na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai estão próximos do desespero. A indignação da categoria é grande. Mais uma vez o apelo ao governo é necessário, para que possa solucionar a situação”, afirmou o senador Alvaro Dias, chamando a atenção para problemas como a dificuldade de alimentação para os caminhoneiros.

A maior parte dos caminhões está com alimentos industrializados e cereais. Representantes do Sindifoz (sindicato patronal do transporte rodoviário internacional de carga) afirmam que a paralisação representa um custo diário de R$ 3,8 milhões para transportadoras e motoristas autônomos. Nessa cifra estão incluídas despesas com estadia e custos fixos que aumentam a cada dia em que o caminhão permanece retido.

Produtores de frangos e suínos também registram prejuízos por causa da lentidão no fluxo das mercadorias que passam pela inspeção. O atraso na liberação das mercadorias ainda resulta em perdas de janelas de embarques de navios e custos logísticos adicionais, além de gastos com estocagem direta e terceirizada.

Outro setor que enfrenta problemas com a paralisação na Tríplice Fronteira é o da Indústria Elétrica e Eletrônica. Levantamento da Abinee revela que 43% das empresas do setor já reclamaram de atrasos na entrega de itens importados, e 31% disseram que suspenderam linhas de produção porque a carga não chegou a tempo. Além disso, mais da metade (55%) das empresas eletroeletrônicas relataram problemas devido à demora na chegada das cargas.