O senador Alvaro Dias destacou, no Plenário, a realização do Fórum do Programa de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho, na última sexta-feira (6), na cidade paranaense de Ponta Grossa. Durante o evento, os participantes concluíram que é preciso modernizar a legislação brasileira em defesa das pessoas com deficiência. Segundo o senador, não basta dar emprego a essas pessoas, mas fornecer as possibilidades de desenvolvimento de seus talentos.
“É preciso garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos bens da sociedade: educação, saúde, trabalho e remuneração digna. Isso é indispensável. Quanto à inclusão no mercado de trabalho, é necessário criar as condições de interação das pessoas com deficiência com os demais funcionários da empresa e com todas as pessoas com quem se relacionarão no exercício da sua atividade empregatícia. Portanto, essa é a preocupação que surgiu em Ponta Grossa, com o empresário Álvaro Scheffer, que foi o líder na organização dessa proposta, na apresentação desse programa, com o apoio da Prefeitura Municipal, do Prefeito Marcelo Rangel. Nesse evento estiveram presentes, também, solidários com essa proposta, os deputados locais Sandro Alex e Aliel Machado. Uma proposta que, realmente, tem de ser encarada positivamente pelo Ministério do Trabalho”, disse o senador.
Alvaro Dias afirmou ainda que 45 milhões de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência e que esse segmento da população é o mais afetado pela crise econômica.
“Se há dificuldade para os trabalhadores brasileiros, em razão da crise que se aprofunda; se há inflação, recessão, desemprego; se, neste ano, segundo dados do próprio governo, mais de 400 mil pequenas e médias empresas fecharam as suas portas, ou seja, uma empresa por minuto fechou suas portas neste ano de 2015, em razão da crise; enfim, se há dificuldades para trabalhadores de modo geral, imagine para trabalhadores com deficiência. A nossa Lei de Cotas já tem 24 anos. De 1950 a 1990 vigorou essa lei. Depois disso, as pessoas com deficiência pressionaram e colocaram um fim à lei de cotas porque se sentiram perfeitamente inseridas no mercado de trabalho e puderam dispensar esse sistema de cotas introduzido legalmente também nos Estados Unidos. É o que nós desejamos que ocorra no Brasil. Temos um sistema há 24 anos, mas ainda não chegou ao cenário ideal desejado. Esperamos que isso possa ocorrer, como nos Estados Unidos, e que dentro em breve as pessoas com deficiência imponham o fim desse sistema porque não necessitarão mais da lei para ter acesso ao mercado de trabalho”, concluiu o senador Alvaro Dias.